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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Rotina


Acorda, assiste tv, come uma bolacha, atende o celular, volta pra tv, pensa em almoçar, duas, três, seis da tarde, vai pra faculdade, volta e dorme.
Essa rotina cansa mais do que se eu tivesse que carregar o mundo nas costas.
Não sou do tipo de gostar das coisas óbvias, tenho um amor estranho por tudo o que tenha perigo, aventura, e que me faça sentir viva, muito mais viva. Não sei se isso é certo, ou se meus instintos andam bagunçados demais.
O fato de repetir tudo todo dia, me dá nojo.
Eu queria era acordar todas as manhãs com alguma coisa diferente pra fazer, sei lá, coisas que levassem a minha adrenalina ao extremo, que me fizessem nascer denovo todos os dias. Utopia! Sempre me esqueço que vivo nessa droga de mundo de aparências, e que tenho 1 em 1 milhão de chances de conseguir viver do jeito que eu quero.
Minha vida anda cronometrada demais, certa demais, chata demais.
Quantas vezes me faltou criatividade até para pensar, afinal, essa rotina está explodindo com os meus neurônios.
Os livros? Já li todos, até as revistas de corte de cabelo.
Os filmes? Já vi os que me interessam, e os que não interessam assisti duas vezes para ter certeza de que realmente não me interessam.
Internet e relacionamentos à distância me deixam menos inteligente a cada minuto.
Me afogo nas doses de refrigerante e sessão da tarde só para o tempo passar menos lento.
Eu ainda busco alguma fagulha de idéia pra escrever um pouco, mesmo que seja algo sem sentido como hoje, e tento reproduzir em palavras um terço do que eu realmente penso, mas até isso se torna difícil.
Que vontade de me jogar de cabeça em alguma coisa nova.
Essa camisa de força chamada rotina, está acabando comigo.
É só, a rotina está me gritando no andar de baixo da minha casa, e eu como boa escrava sexual dela, vou obedecer.
Mais uma vez, e outra, e outra, até que eu vire pó.

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