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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Desacreditando

"O medo já não existia quando um olhar encontrava o outro. Era a mágica do momento que fazia até barulho quando os dois se tocavam. Era mais do que qualquer palavra no mundo pode explicar.

Quando diziam que o amor existia, um sorriso bobo invadia a sua face e ela simplesmente desacreditava. Hoje, são poucos os momentos em que ela finge que esse sentimento pode sim acontecer mais de uma vez na vida.

O mais interessante é a forma com que se tornou real. Foi uma mudança de caminho da esquerda para a direita, uma carona oferecida ao acaso, uma insanidade que resultou em qualquer coisa semelhante ao sentimento de estar à salvo.

Já é possível escrever poesias novamente desde que o medo foi embora. Já existe trilha sonora, lembranças que vão ser guardadas até o fim da vida, piadas com seus defeitos e qualidade. Sorrisos apenas por saber que é possível sorrir de verdade outra vez.

É alguma coisa feito travesseiro, que te dá conforto no mesmo minuto em que você recosta sua cabeça que há muito já não girava no eixo certo.

O medo já não existe, porquê um olhar conseguiu, enfim, encontrar o outro".

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Avenue, Boyce

Quando você escuta aquela música que te faz viajar, onde é que seus pés te levam ? Eu já fui para tantos lugares escutando versões e versões de canções antigas, novas, mal feitas e bem cantadas, que provavelmente já conheci o mundo todo.
São as notas sabe, elas me levantam da cama e me guiam devagar por cada caminho doido! Em cada curva um acorde, é mais ou menos assim.

Me resguardo no direito de me apaixonar por vozes, gritos e erros. São melodias que só um ouvido muito sensível consegue ouvir. 

Quando alguém entoa lá do fundo, vem aquele arrepio, vem aquela sensação de que alguém de tão longe está tão perto dos seus pensamentos mais secretos... 

Como se sente quando alguém te descreve em refrões?


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Da série: guardado desde 2010 - Que visão inocente do amor!

Oi, como foi o seu dia hoje ? lembrou de alguém ? Pensou em mim ? Com certeza não. Você estava ocupado escolhendo as meias mais apropriadas para usar, ou talvez estivesse sofrendo em escolher qual camisa vestir.

Esse discurso de casal perfeito, vivendo uma vida perfeita, com seus dentes brancos e comerciais de margarina. Conta outra!

Quem é que gosta de ser feliz o tempo todo?!

Eu acredito que as pessoas um dia tropeçam e caem de cara no chão, e dali  dois minutos se dão conta de que tudo o que estavam fazendo durante sua vida estava errado, e claro, começam a acertar.

 Sou do tipo ' a esperança é a última que morre', mas, só quando outra coisa não morre primeiro.

Acho que quando era pequena nunca tive tempo de ler os contos cheios de bichos falantes e finais felizes. Eu estava ocupada sempre falando com formigas.

Ironia do destino você se pegar escrevendo coisas que deseja que outras pessoas leiam e acreditem...

Será que existe mesmo felicidade a dois ? Deve existir. Senão meus bisavós não estariam casados há duzentos anos e honrado a bendita frase: "Até que a morte os separe".

Ou não.

 Mundo doido esse onde um depende de "ser dois" para ser um completo.





Em três anos...

Tudo normal. Acordei, respirei, trabalhei, vivi e cresci normalmente durante esses...Deus, 1095 dias!
Quantos momentos se perderam em algum lugar da memória neste período? Quantas idas e vindas de pessoas, papéis, cores de esmalte, cortes de cabelo. . . 1095 dias!

É de rir ao reler os desabafos. É de chorar ao reler as verdades. É de repensar, ao reler.

Achava que seria grande coisa: Futuro promissor! e no final, acaba que sou a mesma coisa: "Esperança de futuro "vivível", e olha que essa palavra nem existe!

Como o tempo amadurece a gente. Cria rugas na pele, marcas nas mãos, branquidão no cabelo. Mas isso em 30 anos. Em três, são rugas internas. Marcas de arranhões. Branquidão de memória de passado adolescente bem vivido.

1095 dias: conversa de doido! Já é o final de mais um ciclo e eu nem me dei conta do quanto suguei do mundo e o mundo de mim. Mal consigo descrever o rosto de umas dez pessoas importantes neste vai e vem, mas consigo lembrar que umas cem, ao menos, estiveram presentes.

A gente pisca o olho e "olha só", anoiteceu e amanheceu 1095 vezes desde meu último texto bobo sobre a vida, meu mundo, meu eu, minha idiotia!

Mas a gente volta. Sempre volta as origens quando percebe que mesmo em meio a tantas mudanças, nem tudo mudou.

Continuo a boba metida a escritora, poeta de meia pataca de textos tão vãos. Talvez menos rebuscada. Talvez mais corpo de texto do que pensamento.

Certo é que passarão mais 1095 dias. Certo é que virão mais frases, pensamentos, filosofias e perca de tempo nesse mundo alternativo tão particular e público ao mesmo tempo.

Ai tempo, tempo, tempo... voltei.

Que na ponta dos meus dedos e nas linhas em
que me descrevo nunca falte criatividade e tempo a ser desperdiçado.