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terça-feira, 13 de julho de 2010

Chovendo


Dizem as más línguas que nada cura um dia de chuva, porém, confesso que sou do contra. Há um charme muito peculiar num dia chuvoso, desde as gotas frias na pele ao encontro dos corpos ainda envolvidos pela coberta.
Entre a meia noite e as seis, o barulho fininho arranhando as paredes do lado de fora, as gotas tímidas tocando o chão, enquanto os pneus derrapam nas ruas, devagar . . . tudo bem devagar!
As mãos buscam os bolsos, os braços uma lã que envolva, e os outros braços ? a mesma lã!
Um dia de chuva com aproximadamente 15° graus é muito convidativo. O frio naturalmente já contorna toda a pele, algo similar ao arrepio só que um pouco mais intenso.
Acordar pra que ?! Melhor ficar escondido entre um par de pernas e o cobertor, melhor deixar todo mundo se molhando na rua enquanto seu corpo pede um carinho e um leite quente.
Deixe que todos se perguntem onde você está, enquanto a água fica forte e enfraquece entre os minutos que vão passando.
A vida é corrida demais.
O que tem se está chovendo ? Quem liga se o sol resolveu sentir preguiça hoje.
Deixa continuar chovendo pelo menos por mais duas horas. Está tão confortável o cheiro de terra molhada misturada com fumaça de leite. É tão gostoso!
É só ligar uma música francesa, se aquietar entre um abraço e um beijo, beber o que resta na sua chícara enquanto lá fora o céu se lava um pouquinho, o sol descansa um pouquinho, o barulho de buzina fica mudo um pouquinho.
Quem liga se continuar chovendo até amanhã . . .

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