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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dentro


As coisas parecem cair entre os vãos dedos como areia . . .
Em um instante a mesma sensação de estar no céu parece te dar uma rasteira muito forte e te levar direto para o inferno. Sentimentos contraditórios no mesmo dia não fazem bem ao coração.
Ao mesmo tempo que pequenos diamantes escorrem dos olhos quando sente uma alegria sem medidas, caem em dobro esses mesmos diamantes quando ali dentro alguma coisa aperta, e aperta tanto que te faz faltar o ar.
O ser humano é mesmo uma máquina muito imperfeita, cheia de pequenos mistérios que nunca serão desvendados, cheio de pequenos crimes entre uma veia e outra.
Muitos gênios já disseram, ou talvez advertiram, que não é certo confiar nos sentimentos, não é válido que se deixe levar por emoções e pior ainda confiar no destino, e ainda assim, nós abrimos a boca, com cerca de 36 grandes esmagadores de comida, e puxamos do estômago a coragem para nos manter vivos. Tiramos de toda e qualquer gota de sangue algum resto de força para acreditar que o dia seguinte será melhor do que o que passou.
E outra vez, pequenos cristais começam a esquentar as pálpebras, contornando o nariz, derrapando suavemente até caírem do rosto em algum lugar da sua roupa.
Chorar. Santo remédio.
Não sei se faz algum sentido, mas parece que quanto mais se acredita e quer algo, mais ele se afasta, parece que existe alguma força maior do que você que insiste em brincar com o seu íntimo, seu pedaço mais profundo dentro dessa 'engenhoca' toda que somos.
E o que sobra nisso ? Chorar pequenos brilhantes, logo quando queremos fingir que somos super poderosos.
Super poderes são mesmo utopia!
O jeito é continuar acreditando que de dentro é que vem a solução para tudo nessa vida e talvez até na próxima. A forma mais sábia de se morrer, é acreditar que não existe uma fórmula perfeita para se viver, e quando menos esperar essa máquina se desliga, os pequenos diamantes secam e já não há mais motivo algum para se alegrar, é claro, porém muito menos para se entristecer.
Talvez, seja mesmo melhor assim . . .

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