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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mr. Confusion


Eu nunca sei como explicar o que sinto quando é de verdade. É mais fácil contar uma história ou inventar um conto erótico, do que tentar traduzir em palavras algo que corre quente e de salto agulha aqui dentro das minhas veias.
As coisas andam fugindo do controle faz tempo, e eu ? Eu mal sei como fritar um ovo, quanto mais como conduzir minha vida. Não vou me prender a melancolias, reclamar da vida ou jogar a culpa em alguma desilusão, pra mim não vale a pena perder tempo com esse tipo de desabafo de quinta, ou sexta a noite. Certo é que engasga, desce e sobe rasgando feito vodka.
Eu não sei bem o que quero ultimamente, não em matéria de coração é claro, meu músculo nojento em formato de bolota de carne anda 'muito bem, obrigado', a questão é muito mais séria do que eu mesma posso imaginar.
Me descrever anda sendo mais que um dilema. Um teorema talvez.
O que me conforta é saber que ainda posso contar com algumas risadas e 'bom dias' todos os dias entre 11 horas e meio dia, no mais, o resto tem sido mesmo só o resto.
Os dias tediosos desse inverno me deixam tão pra baixo que consigo ver as poeiras se organizando no chão para atacar minha alergia. Quando penso em conversar, pedir um colo de pai talvez, encontro uma manada de pessoas com caras e bocas tão amáveis que me dão vontade de vomitar.
Diz a minha mãe, que quando eu era pequena eu vivia falando com as formigas. Não importavam se eram 10 ou 100, todas tinham nome e história de vida. Quem sabe eu volte a falar com elas, pelo menos sei que não vou enfrentar grandes problemas com meus segredos.
Mas ainda acho que minha maior necessidade nesse momento não é por para fora o que insiste em ficar dentro, é só encontrar alguma forma de organizar o que me faz estar assim, tão preocupada, tão exageradamente sufocada.
Eu jurei pra mim mesma, e isso já faz algum tempo, que não me renderia a textos problemáticos, logo, esse não será um, ou corto meus dedos antes de terminar de escrever a última palavra. Garanto.
Acho que preciso de um pouco de loucura, um pouco de dinheiro, um pouco de silêncio, ir para Las Vegas. Tenho certeza que preciso me afastar de problemas familiares, trabalhar em alguma coisa que exija minha atenção, estudar até os termos de jornalismo vazarem pelos meus olhos.
Eu ando mesmo sem um pingo de noção do que fazer comigo. Eu ando mesmo cruzando as pernas demais e aceitando muito 'não' de todo mundo. Cadê eu ? Cadê a menina que falava com formigas e depois matava todas com fósforo ?
Sempre quis fugir, mas sempre ficou no mesmo lugar. Ótima frase para terminar sem rumo algo que começou sem intenção de chegar a lugar algum



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